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Felipe

Felipe
por Fábio Rocha Pina

(Ao sair do banho, deitado sobre o lençol levemente adornado com causas infantis, o menino olha atentamente o luar que entra pela janela. A mãe, certa de estar no céu, passa a toalha macia por entre os pequenos dedos, enxugando, acariciando os seus pezinhos de menino.)

Felipe – (após longo silêncio) Mãe… desde quando existe gente?

Mãe – (sorrindo, meio surpresa com o assunto tão inusitado) Como assim meu filho? desde quando? Ah, sempre existiu gente, meu filho. Acho que sempre existiu…

Felipe – (sentando-se, certo) Ah! desde sempre não!

Mãe – (surpresa) Ué meu filho, porque não?

Felipe – (explicando com paciência) Assim, mãe… Se existisse desde sempre, porque agente só existiu agora?

(longo silêncio)
Mãe – (se levantando da cama, ajeitando os travesseiros brancos, e vestindo sobre ele, um manto azul escarlate…) Ah, meu filho agente existiu agora, porque tinha muita gente para existir antes.

Felipe – (de joelhos sobre a cama) E como é que agente podia saber que não era para existir antes que fosse agora?

Mãe – (confusa, para) Não sei Felipe! (áspera) É hora de dormir meu filho…

(o menino antes eufórico, senta-se novamente, devagar)
Felipe – Boa noite mamãe…

Mãe – (percebendo) Felipe, de onde tirou estas perguntas meu filho?

Felipe – (olhando para o luar) Não sei, só queria saber como é que agente podia saber que não era para existir antes que fosse agora…

Mãe – (acariciando o filho) Mas para que você quer saber tudo isso. Você queria ter existido antes?

Felipe – (rindo) Não boba, eu só queria saber por que existi agora e não antes. Se existo agora e não antes, deve ter “porque”. Você não acha mãe?

Mãe – Mas é claro que há “porque”, agente só não sabe qual. (saindo) Boa noite Felipe…

Felipe – (antes que ela saia por inteiro) Mas não é injusto mãe, algo existir mais agente não poder saber?

Mãe – (se irritando, apagando a luz) Mas é o que é assim que as coisas são. Poderia ser diferente, mais não é.

(no escuro, pode se ouvir a voz do menino)
Felipe – (profetizando) E se estivermos fazendo tudo errado? E se não for nada disto?

(A mãe acende a luz)
Mãe – (intrigada) Como assim, tudo errado?

Felipe – (sentando-se) Quem me ensinou tudo que eu sei, foi você, o papai, as minhas professoras. (pausa) E quem lhes ensinou?

Mãe – (voltando-se ao filho) Os seus avós, os pais e professores das suas professoras, os livros, as pessoas que nos rodeiam e a própria vida.

Felipe – (de joelhos sobre a cama) Mas se estiver tudo errado mãe? E se quem ensinou e escreveu estes livros, também aprendeu com outros, que também aprenderam com outros… Está tudo errado! (breve silêncio) E quem ensinou primeiro?

Mãe – (sorrindo) Não sei meu filho, talvez alguém muito sábio.

Felipe – (sentando – se) Ou alguém que nada sabia do que estava falando, mãe. E se me ensinaram o que aprenderam de errado lá atrás? E mesmo sábio, quem disse primeiro, com o passar de tanto tempo esta sabedoria não se perdeu mãe? E se tudo se transformou como numa brincadeira de telefone sem fio?

Mãe – (tentando sair rapidamente) Ah! Não tenho respostas para tantas perguntas meu filho.

Felipe – (de pé, sobre a cama, interrompendo a saída da mãe) E quando eu crescer e chegar a sua idade, eu terei estas respostas mãe?

Mãe – (virando-se lentamente para o filho. Com uma felicidade de mãe no olhar…) Talvez tenha para estas, mas lhe garanto meu filho, que outras tantas questões iram lhe levar o sono, além do luar…

(apaga a luz, deixando um brevê silencio na escuridão)

Felipe – Mas mãe, desde quando existe gente?

Mãe – Desde sempre Felipe… Desde sempre…

Felipe – Boa noite mãe…

(Ela acende a luz. Sobre a cama, somente o azul escarlate, e lençóis cuidadosamente esticados. Ela sorri levemente.)
Mãe – Boa noite meu filho…

(ela apaga a luz, e a porta se fecha lentamente. Antes que a escuridão tome a cena, pode-se ver as nuvens cobrindo o luar…)
Pano

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