Revitalização do Teatro de Arena de Ribeirão Preto será entregue em maio
Revitalização orçada em R$ 1,026 milhão estava prevista para novembro do ano passado.
O projeto de revitalização do Teatro de Arena foi lançado pela Prefeitura de Ribeirão Preto no ano passado, com toda a pompa e circunstância. Porém, meses depois, as obras atrasaram e a reabertura do teatro, que era para novembro passado, foi adiada.
Fonte: Régis Martins / jornalacidade.com.br
O novo secretário municipal da Cultura, Alessandro Maraca, diz que a demora foi causada pelas chuvas e, principalmente, por falta de pagamento. Desde agosto de 2012 a construtora responsável pelas obras não recebia do poder público e, por isso, as reformas caminhavam a passos de tartaruga.
Porém, Maraca afirma que um novo cronograma foi montado e prevê a reinauguração do Arena em maio próximo. Para tanto, diz que a Secretaria pagou, nos últimos dias, boa parte da dívida do ano passado. Estariam faltando apenas duas parcelas, que devem ser quitadas, segundo ele, nas próximas semanas.
“Espero que o novo prazo seja cumprido porque o teatro precisa estar pronto para as festividades do aniversário da cidade [em junho]”, diz o secretário, que ressalta ainda que a reforma está orçada em R$ 1,026 milhão.
Construído em 1969, pelo engenheiro Jayme Zeiger, há anos o espaço apresentava problemas – banheiros e camarins em péssimo estado, iluminação precária, falta de acessibilidade para deficientes físicos e até a chuva colaboravam para um cenário desolador.
A reforma inclui a construção de rampas de acesso, novos banheiros e camarins e a restauração do paisagismo, da iluminação, do espaço para a bilheteria e muito mais. As obras fazem parte do projeto de revitalização do complexo no Morro de São Bento.
“O Arena tem uma importância histórica muito grande. É o espaço mais democrático da cidade e há 27 anos não passava por nenhuma reforma”, garante Maraca.
Movimento
Há dois anos, um grupo de artistas e produtores locais criou o Movimento Pró-Teatro de Arena, que sempre defendeu a revitalização e ocupação do local. O movimento realizou por lá oito ações multiculturais com o intuito de chamar a atenção da sociedade.
Ainda nesta semana, representantes do movimento e do Conselho Municipal de Cultura devem se reunir com Maraca para uma visita às obras do teatro.
“Nossa função era lutar pela revitalização e esperamos a reforma acontecer. Agora, precisamos acompanhar passo a passo as obras”, comenta a atriz e produtora Nathália Fernandes, que faz parte do Movimento Pró-Arena.
O projeto de reforma do teatro é de 2009 e chegou a ser discutido junto aos integrantes do movimento e arquitetos locais antes de ser aplicado. Durante as reuniões, algumas mudanças foram sugeridas, como por exemplo, a retirada de uma proteção contra a chuva no palco, proposta no texto original.
De acordo com os integrantes do movimento, era algo que descaracterizava o teatro e poderia interferir em sua acústica. Outras mudanças também foram incluídas no projeto, como, por exemplo, a altura ideal da cabine de som do teatro e o local dos novos banheiros.
“Felizmente, todas as mudanças que nós propusemos foram acatadas pela [ex-secretária da Cultura] Adriana Silva. Apesar da demora, o que importa é que a obra seja bem feita”, diz a arquiteta Cláudia Perencin, integrante do Movimento Pró-Arena.