Festival do Teatro Brasileiro – Programação
A abertura do Festival do Teatro Brasileiro – Cena Gaúcha, na etapa Goiás, começou dia 03 de maio, no Teatro Instituto Federal de Educação, às 20h. O festival acontecerá até o dia 13 de maio. Confira a programação:
Dia: 03/05 – Quinta-feira
Cidade: Goiânia
Abertura do Festival do Teatro Brasileiro — Cena Gaúcha
20h — Mundo Miúdo
Teatro do Instituto Federal de Educação
(Programação gratuita)
21h — Cabarecht
Teatro do Instituto Federal de Educação
(Programação gratuita)
Dia: 04/05 – Sexta-feira
Cidade: Goiânia
20h — Mundo Miúdo
Teatro Goiânia Ouro
(Programação gratuita)
21h — O Fantástico Circo-Teatro de um Homem Só
Teatro Goiânia Ouro
(R$ 20,00 a inteira; R$ 10,00 a meia-entrada)
Dia: 05/05 – Sábado
Cidade: Goiânia
Programação gratuita no Parque Flamboyant
16h — Mundo Miúdo
Teatro para toda a família
17h — Histórias da Carrocinha
Teatro para toda a família
18h — Gringa Errante
Teatro para toda a família
19h — Banda DeFalla
Apresentação Musical
20h10 — Tom Chris e Banda
Apresentação Musical
21h30 —Renato Borghetti Quarteto
Apresentação Musical
Programação nos Teatros
20h — A Tecelã
Teatro do Instituto Federal de Educação
(Programação gratuita)
21h — O Fantástico Circo-Teatro de um Homem Só
Teatro Goiânia Ouro
(R$ 20,00 a inteira; R$ 10,00 a meia-entrada)
06/05 Domingo Goiânia
10h — Gringa Errante
Feira do Cerrado
(Programação gratuita)
15h — Mundo Miúdo
Teatro do Instituto Federal de Educação
(Programação gratuita)
16h — Histórias da Carrocinha
Teatro do Instituto Federal de Educação
(Programação gratuita)
19h — A Tecelã
Teatro do Instituto Federal de Educação
(Programação gratuita)
20h — O Fantástico Circo-Teatro de um Homem Só
Teatro Goiânia Ouro
(R$ 20,00 a inteira; R$ 10,00 a meia-entrada)
Dia: 07/05 – Segunda-feira
Cidade: Goiânia
10h — Miséria, Servidor de dois Estanceiros
Circo Lahetô
(Ação de Formação para alunos da rede pública de ensino)
07/05 Segunda-feira Anápolis
10h — Gringa Errante
Parque Ipiranga
(Ação de Formação para alunos da rede pública de ensino)
16h — Mundo Miúdo
Rua Engenheiro Portela
(Programação gratuita)
Dia: 08/05 – Terça-feira
Cidade: Goiânia
10h — Miséria, Servidor de dois Estanceiros
Colégio Militar Airton Sena — Jardim Curitiba
(Ação de Formação para alunos da rede pública de ensino)
21h — Borboletas de Sol de Asas Magoadas
Teatro Goiânia Ouro
(R$ 20,00 a inteira; R$ 10,00 a meia-entrada)
Dia: 08/05 – Terça-feira
Cidade: Goiás Velho
10h — Gringa Errante
Colégio Sant’Ana
(Ação de Formação para alunos da rede pública de ensino)
16h — Mundo Miúdo
Colégio Sant’Ana
(Ação de Formação para alunos da rede pública de ensino)
Dia: 09/05 Quarta-feira
Cidade: Goiânia
10h — Miséria, Servidor de dois Estanceiros
Instituto Federal de Educação
(Ação de Formação para alunos da rede pública de ensino)
20h — Cinta Liga / Desliga
Teatro do Instituto Federal de Educação
(Programação gratuita)
21h — Borboletas de Sol de Asas Magoadas
Teatro Goiânia Ouro
(R$ 20,00 a inteira; R$ 10,00 a meia-entrada)
Dia: 09/05 – Quarta-feira
Cidade: Hidrolândia
10h — Gringa Errante
Praça do Cruzeiro
(Ação de Formação para alunos da rede pública de ensino)
16h — Mundo Miúdo
Praça do Cruzeiro
(Programação gratuita)
Dia: 10/05 – Quinta-feira
Cidade: Goiânia
20h — Cinta Liga / Desliga
Teatro do Instituto Federal de Educação
(Programação gratuita)
Dia: 10/05 – Quinta-feira
Cidade: Anápolis
19h — Miséria, Servidor de dois Estanceiros
Parque Ipiranga
(Programação gratuita)
Dia: 11/05 – Sexta-feira
Cidade: Goiás Velho
16h — Miséria, Servidor de dois Estanceiros
Escola Lyceu de Goiás
(Programação gratuita)
Dia: 12/05 – Sábado
Cidade: Goiânia
16h — Sacy Pererê, A Lenda da Meia-Noite
Teatro Goiânia Ouro
(R$ 10,00 a inteira; R$ 5,00 a meia-entrada)
20h — DentroFora
Teatro do Instituto Federal de Educação
(Programação gratuita)
Dia: 13/05 – Domingo
Cidade: Goiânia
16h — Sacy Pererê, A Lenda da Meia-Noite
Teatro Goiânia Ouro
(R$ 10,00 a inteira; R$ 5,00 a meia-entrada)
20h — DentroFora
Teatro do Instituto Federal de Educação
(Programação gratuita)
Saiba mais…
Mundo Miúdo
Gênero: Teatro Lambe-Lambe
Faixa etária: Livre
Tempo de duração: Dois minutos por pessoa. Tempo máximo de apresentação continuada: 2 horas
Sobre o espetáculo: O Teatro Lambe-Lambe foi criado no Brasil pelas bonequeiras Denise dos Santos (baiana) e Ismine Lima (cearense), em 1989. Observando as caixas de fotografia antigas tiveram a ideia de apresentar uma história intimista dentro da mesma estrutura — uma pequena caixa. Desde então, pouco a pouco o Teatro Lambe-Lambe vem sendo disseminado pelo Brasil e pelo mundo, tendo sido agraciado em 2010 pelo Ministério da Cultura com a primeira colocação no Prêmio Cultura Viva (categoria “grupo informal”) — um prêmio que incentiva e reconhece iniciativas culturais genuinamente brasileiras. Da caixa misteriosa pode surgir de tudo: é um mundo à parte, poético, único e onírico que apresenta o pequeno como princípio, e a possibilidade enquanto fim. Um novo mundo onde a recepção é tão diversa quanto a criação, novos olhares sobre o cotidiano. Pequenos espaços intimistas que trazem em si histórias breves e delicadas; grandezas de intimidades capazes de aproximar pelo encantamento.
Cabarecht
Gênero: Musical
Faixa etária: 14 anos
Tempo de duração: 80 minutos
Sobre o espetáculo: O espetáculo resgata o clima dos cabarés alemães das primeiras décadas do século passado, onde os artistas reuniam-se para mostrar uns aos outros e à clientela burguesa destes bares, seus textos, esquetes e canções. Para isso, reuniu-se canções de Bertolt Brecht e Kurt Weill, entremeadas por textos sobre o estar no mundo como artistas e cidadãos e de como estes se relacionam com a sociedade onde estamos inseridos. Uma pianista, cantora e atriz comanda o cabaré onde três atores/cantores apresentam-se com seus melhores trajes para a seleta platéia numa ambientação que remete ao ambiente elegante e divertido dos anos 20.
O Fantástico Circo-Teatro de um Homem Só
Gênero: Comédia Dramática
Faixa etária: A partir de 14 anos
Tempo de duração: 65 minutos
Sobre o espetáculo: O FANTáSTICO CIRCO TEATRO DE UM HOMEM Só dá continuidade à investigação da Cia Rústica de uma linguagem festiva e poética, celebrando a idéia do teatro como estado de encontro. A partir da inspiração no universo do circo-teatro brasileiro, a montagem valoriza a teatralidade da cena e resgata cores desbotadas, transitando entre memória e presença, entre o eu e o outro. No palco-picadeiro, o experiente e premiado ator Heinz Limaverde transita por vários tipos do imaginário circense, como a mulher-barbada, o mágico, a vedete, o cantor, o palhaço; além de expor sua própria persona. Inspirando-se na estrutura polifônica do circo, a dramaturgia combina o universal com o pessoal, sendo elaborada em parceria entre Heinz Limaverde e a diretora Patrícia Fagundes. A montagem foi premiada no Prêmio Açorianos 2011 nas categorias de Melhor Direção e Melhor Figurino.
Histórias da Carrocinha
Gênero: Teatro de Bonecos
Faixa etária: Livre / Infantil
Tempo de duração: 50 minutos
Sobre o espetáculo: Apresentadas pelo irreverente cachorro Abelardo, “Histórias da Carrocinha” é uma homenagem ao grande mestre-bonequeiro argentino Javier Villafañe. Ao todo, são 14 bonecos manipulados por Mário de Ballentti e Paulo Balardim, que englobam ainda outras técnicas de manipulação, como varas e luva com varas. Com a livre adaptação dos contos, “O Padeiro e o Diabo” “A Rua dos Fantasmas” e “O Vendedor de Balões”, a Cia. Caixa do Elefante, recriou no espetáculo o universo do autor. Sinopse das histórias: O Vendedor de Balões – Um vendedor é abordado pelo Sr. Unhoso, que tem em mente furar todos os seus balões com suas longas e pontudas unhas. A Rua dos Fantasmas – O corajoso Joãozinho e sua noiva Maria se vêem às voltas com uma família de fantasmas que insiste em assombrá-los. O Padeiro e o Diabo – Um destemido padeiro enfrenta o pior de todos os diabos: o Diabo dos Três Rabos.
Gringa Errante
Gênero: Infantil
Faixa etária: Livre
Tempo de duração: 40 minutos
Sobre o espetáculo: O estudo da palhaça de Genifer Gerhardt (Palitolina Russo) foi iniciado em experiências de rua e no encontro com o mestre e monsieur Alexandre Luis Casali. Gringa Errante é um espetáculo que dialoga com estas experiências, com saberes no ramo do Teatro de Animação e com conhecimentos acadêmicos prático-teóricos. A peça teve sua estréia em 2008. Diálogos permanentes entre técnica, intuição, muita vontade e curiosidade permeiam essa pesquisa, suas vivências e, principalmente, seu encontro e diálogo com públicos diversificados.
DeFalla 
Sobre: A partir de uma simples homenagem ao nome do compositor espanhol Manuel de Falla, surgia na década de 80 – mais precisamente em 1984 – a banda gaúcha DeFalla. Com influências de hard rock, punk rock, funk, rap, heavy metal e outras misturas mais, a banda ganhou espaço rapidamente no cennário musical. Considerada muito a frente de seu tempo, a DeFalla quebrou paradigmas e abriu espaço a uma geração de músicos e bandas, como Pavilhão 9, Ultramen, Patu Fu e Planet Hemp.
A primeira formação do grupo DeFalla contava com Carlo Pianta, Edu K e Biba Meira, mas Pianta deixou o grupo pouco antes da gravação do primeiro disco, abrindo espaço para a entrada de Castor Daudt e Flu. O novo quarteto então foi responsável pela gravação dos dois primeiros discos do grupo – “Papaparty” (1987) e “It’s Fuckin’Borin’To Death” (1988) – lançados pelo selo PLUG (BMG-Ariola).
Logo em 1987, o destaque musical que a banda alcançaria era evidente: em uma votação elaborada pelos 22 críticos da Revista Bizz (maior publicação em termos de música popular da época), a DeFalla conquistou o prêmio de Melhor LP Nacional e Melhor Grupo de 87. A baterista Biba Meira ficou em 2º lugar na votação de melhor instrumentista e Edu K em 3º lugar como melhor vocalista do ano.
No ano seguinte, a mesma votação da Revista Bizz indicou a banda – desta vez com o segundo álbum lançado – a vários prêmios, conquistando o 3º lugar como Melhor Grupo, 2º lugar como Melhor LP, 3º lugar como Melhor Show, 2º lugar como Melhor Vocalista, 3º lugar como Melhor Baterista (Biba Meira).
Em 1989, a banda lançou o terceiro álbum da carreira, gravado ao vivo “Screw You!”, já sem a baterista Biba Meira. Já em 1990, DeFalla gravou “We Give a Shit”.
O quinto disco foi lançado em 1992, com o enorme nome “Kingzobullshitbackinfulleffect92”. A banda recebeu alguns prêmios pela Revista Bizz na época, como os de Melhor Grupo , Melhor Disco, Melhor Vocalista e Melhor Letrista (Edu K) , além da indicação na catergoria de Melhor Música Nacional (onde ficaram com o 3º lugar com o single “Caminha”).
Nesta mesma época, a banda gravou um novo clipe, “It’s Fuckin’ Borin’ to Death”, música que fazia parte do segundo álbum do grupo e que foi regravada no disco de 1992.
O sucesso do álbum “Kingzobullshitbackinfulleffect92” também resultou na participação da banda no Hollywood Rock, em 1993, ao lado dos Engenheiros do Hawaii, Red Hot Chili Peppers, Alice in Chains e Nirvana.
Logo em seguida o vocalista Edu K deixou a banda, seguindo carreira solo. Na época foi substituído por Tonho Crocco, e o grupo apresentava um novo nome, “D.Fhala”. Em 1995 lançaram o disco “D.Fhala Top Hits”, e logo após encerraram as suas atividades.
Edu K, em 1996, retomou os vocais e as atividades da banda. O grupo passou a apresentar um som bastante eletrônico, além dos músicos aderirem uma maquiagem pesada, transmitindo um visual bastante excêntrico, onde usavam vestimentas sado-masoquistas e lentes de contato brancas! Nesta época, acompanhavam Edu K os músicos 4nazzo, o baixista “Z” e a baterista Paula Nozzari.
Os próximos trabalhos definiriam-se por formações pouco sólidas, mudanças drásticas de estilo musical e estético, mas permitiram ao DeFalla participar do cenário funkeiro carioca, ao explorar o miami bass no disco “Miami Rock 2000”. Deste álbum surgiu a música “Popozuda Rock ‘n’ Roll”, hit que estourou nas rádios e programas de TV de todo o país.
Em 2002, a banda lançou ainda o álbum “Superstar”. Já em 2004, o DeFalla voltou ao palcos tocando primeiramente no Opinião (em Porto Alegre), num show comemorativo aos 20 anos de carreira do grupo. A turnê se estendeu ao Rio de Janeiro, tocando no Circo Voador, onde costumavam fazer muitos shows, passando por São Paulo, Florianópolis, Curitiba, entre outras cidades.
Em 2011, já com mais de 25 anos de banda, a DeFalla reuniu sua formação clássica do primeiro e segundo álbuns – Edu K, Castor Daudt, Flávio Santos (Flu) e Biba Meira – para fazerem um show histórico e único em Porto Alegre (2 sessões lotadas!), no Beco, no projeto Discografia Rock Gaúcho, onde tocaram na íntegra o disco “Papaparty”, que lançou os sucessos “Ferida”, “Sobre Amanhã”, “Alguma Coisa” e o grande clássico “Não Me Mande Flores”.
A participação da DeFalla no projeto Discografia Rock Gaúcho foi o início de um “retorno” da banda aos palcos, embora ela nunca tenha acabado, mas desta vez retoma sua atividades com sua formação mais clássica, de grande sucesso.
TOMCHRIS
Sobre: O cantor e compositor Cristiano Pereira Silva nasceu em Junho de 74 e começou sua carreira em 1981 estudando piano clássico na cidade de Anicuns. Em 1989 mudou-se para Goiânia onde deu seguimento aos seus estudos musicais, em 1991 e 1992 participou de festivais interpretando canções da MPB e sendo premiado em vários, após a participação nos festivais passa a cantar no circuito noturno de Goiânia, (bares, shoppings e teatros), logo começa a compor e a fazer shows no interior do estado.
Em 1997 trabalha com a banda Evoeh ao lado dos músicos Gilberto Correia e Luiz Augusto com quem grava um CD lançado em 1998. Em 1999, grava com Charles D’Artagnan, cantando as faixas “Vida Cigana” (Geraldo Espíndola) e “Mentira Morena” (Horton Macedo e Carlos Brandão).
O primeiro disco solo foi gravado no ano 2000 e lançado em 2001 no Centro Cultural Martim Cererê, com produção musical de Luiz Chaffin e participação da cantora Maíra, o CD “Cristiano Silva” emplacou cerca de 80% de seu repertório nas emissoras de rádio de Goiânia. Em 2001, 2002 e 2003, participou do FICA (Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental), na cidade de Goiás.
Em setembro de 2001 é convidado para o Canto da Primavera (principal festival de música do estado e um dos principais do Brasil que é realizado na cidade de Pirinópolis). Em 2002 divulga seu CD em todo Centro-Oeste.
Após dois anos de lançamento, o disco independente consegue emplacar marca de cinco mil cópias vendidas.
Em 2004, participa de todo circuito de shows do estado e continua a ser um dos cantores de Goiás mais executados nas emissoras de rádios de Goiânia, Palmas, Campo Grande e varias outras cidades do Centro Oeste. Em meados de junho é convidado para participar do projeto Um Gosto de Sol, no qual tem o seu show gravado e transformado num disco Acústico (piano, voz e violão), o CD é uma mistura de composições inéditas e músicas conhecidas do grande público como: “Dona” (Sá e Guarabira), “Só Você” (Vinícius Cantuária), “Paisagem da Janela” (Beto Guedes) etc.
Em 2005, Cristiano Silva decide não usar mais seu nome de batismo e adota o nome artístico TomChris. Em março se inscreve para participar do reality show promovido pela Globo, FAMA, e é classificado para as eliminatórias de sua região ficando entre os dez melhores do Centro Oeste e tendo seu nome e seu trabalho divulgado nacionalmente.
Participou de todas as edições do Goiânia Canto de Ouro (2008, 09, 10, 11 e 12), maior festival de música do Brasil envolvento artistas locais realizado pela Secretaria de Cultura do município de Goiânia.
Em 2008 lança o CD “Me perdi no seu olhar”, nome de uma bela canção de sua autoria com seu parceiro Carlos Brandão, e transforma o show de lançamento do seu CD num maravilhoso DVD. O CD e DVD “TomChris – ao vivo” é o atual trabalho desse ilustre cantor goiano que apresenta-se em altíssima qualidade musical e reflete o compromisso fiel a sua proposta inicial com a música romântica. Voz, melodia e teclado encantando com uma magia de canções. Em outubro de 2010, o Canal Brasil apresentou o DVD “TomChris – ao vivo” na sua programação, com 6 apresentações completas do DVD durante o período de um ano.
Renato Borghetti
Sobre: Poucos sabem que Renato Borghetti é hoje um dos artistas brasileiros de mais solida carreira internacional.
Borghetti e seu grupo estrearam no Festival de Verão de Bolonha a turnê européia de 2007, que durante quase um mês percorre outras sete cidades italianas, passando ainda por festivais na Croácia, Republica Tcheca, Áustria e Alemanha. Na Áustria, onde se apresenta regularmente desde 2000, Renato se sente em casa, pois não há cidade em que não tenha tocado.
“Lá tenho até um fã clube, as pessoas vão a tudo que é show, saem de Viena para assistir em cidades do interior e vice-versa, sempre lotando os lugares”, conta. Este ano, o mano e empresário Marcos Borghetti marcou só uma temporada européia para poder atender a compromissos no Brasil e finalizar o segundo DVD, Fandango, com show de lançamento previsto para outubro, no Teatro do Bourbon Country.
No verão europeu, as apresentações são na maioria ao ar livre, para milhares de pessoas; mas também teatros, clubes de jazz, casas noturnas e centros culturais daqueles países e da França, Portugal, Hungria, Holanda, Eslovênia, Bélgica, Suíça tem programado a musica do gaucho. Para os que gostam de rótulos e classificações (como os jornalistas), o instrumental, o instrumental de Borghetti costuma entrar nos arquivos de etnomusic, world music, jazz fusion. Mesmo tendo na essência ritmos como vanerão, chote, milonga e chamamé, não causa nenhum estranhamento. Até pelo contrario : “ A sonoridade do acordeon é familiar para o público europeu, e como partimos de nossas raízes para uma música mais elaborada, uma coisa mais jazzística, a aceitação é total. São normalmente shows longos, não saímos sem fazer três a quatro bis, temos que voltar para o palco sem os instrumentos, se não nos pedem para tocar mais”.
As formações do grupo alternam quartetos, quintetos e sextetos. Na turnê européia deste ano, atua o quarteto, com Daniel Sá nos violões, Pedrinho Figueiredo na flauta e sax e Vitor Peixoto nos teclados. Em outras circunstancias, entram Hilton Vaccari, (violão ritmo), Ricardo Baumgarten (baixo), Caco Pacheco (percussão) e Marquinhos Fê (bateria). É uma turma que se entende as mil maravilhas, cevada em estradas, aeroportos, palcos, bares e hectolitros de mate e cerveja na Fazenda do Pontal. A sala de grandes janelas da casa de campo dos Borghetti, à beira do Guaíba, em Barra do Ribeiro, foi transformada em estúdio de gravação para o DVD, que vai mostrar um Renato em meio a paisagens do Rio Grande, contando sua história desde o inicio, surpreendentemente falante. Se forem ouvidos no DVD sons de chuva e vaca mugindo, é porque ele faz justiça à natureza, em meio à qual foi criado.
“Não vamos limpar nada”, garante. Os 22 discos anteriores do gaiteiro foram feitos em estúdios urbanos. Desta vez, ele resolveu fazer o caminho inverso, levando para o ambiente rural a mais moderna tecnologia. Com direção do bamba Rene Goya Filho, o DVD é o primeiro produzido no Rio Grande do Sul no formato HD (High Definition).
Na Europa, o disco Fandango será lançado em 2008, durante a grande turnê em que Borghetti comemorará 10 anos de shows no continente. Suas primeiras apresentações foram em 1998, em Portugal e na França. Já a primeira viagem internacional foi em 1990, para shows no S.O.B. ?s, de Nova York. Em 1995, estreou no Uruguai e na Argentina. Em 1999, voltou a França. No ano seguinte, de novo Portugal, França e o inicio do idílio com o público austríaco. A partir daí, dezenas de carimbos de passaporte: Viena, Innsbruck, Linz, Paris, Toulon, Berlin, Munique, Bremen, Budapeste, Lisboa, Praga, Florença, Padova, Lubliana, etc… Nos EUA foram duas vezes em 2006, uma delas no Festival do Acordeon de San Antonio, no Texas.
Borghetti é cada vez mais atração internacional também em festivais do instrumento, ao lado de estrelas como o italiano Ricardo Tesi, o irlandês Martin O ?Connor, o português Artur Fernandes, o espanhol Kepa Junqueira. Um deles, talvez dois, poderá vir ao Brasil, em 2009, para participar das comemorações dos 25 anos de lançamento da estréia em LP de Renato, com aquele álbum que, vendendo mais de 100 mil cópias, ganhou o primeiro disco de ouro da musica instrumental brasileira.
(JUAREZ FONSECA – Revista Aplauso / Edição 85 – Ano 2007)
A Tecelã
Gênero: Teatro de Animação, vídeo e ilusionismo
Faixa etária: Livre
Tempo de duração: 50 minutos
Sobre o espetáculo: Com dramaturgia visual e direção assinada por Paulo Balardim, o espetáculo é inspirado em alguns mitos que envolvem a tecelagem. A tecelã tem o poder de transformar seus desejos em realidade e, através do ato criativo, vencer a solidão de seus dias. Para apresentar a história da mulher capaz de materializar todo um universo imaginário, a produção aposta numa combinação de linguagens, tais como teatro de bonecos, vídeo, dança e ilusionismo, mas sem perder o clima intimista. As cenas vão se alinhavando, perpassadas por uma belíssima trilha original composta por Nico Nicolaiewsky.
Miséria servidor de dois estancieiros
Gênero: Teatro de Rua
Faixa etária: Livre
Tempo de duração: 55 minutos
Sobre o espetáculo: “Miséria Servidor de Dois Estancieiros” é a continuidade do projeto de pesquisa da Oigalê no universo do gaúcho, agora com a commedia dell’arte. Trata-se de uma livre adaptação para o teatro de rua do clássico “Arlequim servidor de dois amos” do dramaturgo italiano Carlo Goldoni. Desta vez, o ferreiro Miséria, decide vir para a capital trabalhar como carregador para dois patrões. é nessa jornada de trabalho duplo que se dão as peripécias de Miséria, resultando em muitas confusões, amores fulminantes, e muitas trocas de patrão, divertindo o público de forma leve e muito divertida. A trilha sonora (Mateus Mapa e Simone Rasslan), composta exclusivamente para o espetáculo, é fundamental na condução da história, pontuando e reforçando os momentos, os climas e as cenas, sendo executada ao vivo pelos atores/cantores. Característica já marcante do grupo nos seus espetáculos de rua.
Borboletas de SOL de Asas Magoadas
Gênero: Drama
Faixa etária: 14 anos
Tempo de duração: 60 minutos
Sobre o espetáculo: “Borboletas de SOL de Asas Magoadas” nasceu como projeto de graduação de Evelyn Ligocki no Departamento de Arte Dramática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em 2012 o espetáculo completa 10 anos de existência e continua a ser aprimorado por Evelyn Ligocki, atualizado e inovado a cada temporada. Borboletas foi baseado nas entrevistas e conversas da pesquisa de campo e em improvisações. Com o público, o texto ganha novos tons entre uma apresentação e outra. Sinopse: O travesti Betty recebe em sua casa seus visitantes-espectadores. Através de uma conversa informal, expondo particularidades de seu cotidiano, Betty pretende humanizar sua figura, desmistificar as travestis, romper clichês e preconceitos. A atriz recebeu pelo espetáculo o Prêmio Açorianos “Atriz Revelação” – RS e foi indicada ao Prêmio Qualidade Brasil- Melhor Atriz de Comédia – São Paulo.
Cinta-Liga/Desliga
Gênero: Comédia
Faixa etária: 12 anos
Tempo de duração: 50 minutos
Sobre o espetáculo: A escolha da temática chave do espetáculo se definiu a partir de diversas situações: a busca por um amor — uma tônica que envolve o feminino, mas também extravasa os gêneros e encontra-se na vivência humana de todos os tempos. De forma cômica e pela linguagem clownesca foram realizadas diversas improvisações tratando de situações envolvendo a solidão, a gula, os padrões de beleza, os mitos femininos, a religião, o orgasmo, a velhice, as várias formas de abandono, relações entre amigas, mães e filhas, a loucura, que originaram o espetáculo “Cinta-Liga/Desliga”.
Sacy Pererê — A Lenda da Meia-Noite
Gênero: Teatro de Sombras
Faixa etária: Livre / Infantil
Tempo de duração: 40 minutos
Sobre o espetáculo: Um aventureiro, em viagem com seu cavalo, é apanhado de surpresa pelo Sacy Pererê. O perneta faz tantas diabruras que o homem cai e perde os sentidos. Acorda no dia seguinte sem nada. Ao chegar a um vilarejo próximo encontra ajuda e consegue descobrir quem era a criatura e como caçá-la. O homem caça o diabinho e prende-o em uma garrafa, obrigando-o a devolver todos os pertences perdidos. Antes de seguir viagem, por um descuido, o aventureiro solta o Sacy, que foge dando uma grande gargalhada. é um espetáculo de teatro de animação onde dois sombristas encenam um causo sobrenatural. A história é uma aventura de ação e suspense, inspirada em relatos de populares sobre o Sacy, organizadas no primeiro livro editado por Monteiro Lobato, em 1918. Os intérpretes utilizam-se da projeção do próprio corpo e da manipulação de silhuetas, objetos e luzes. A característica principal do espetáculo é a pesquisa da linguagem do teatro de sombras, o experimentalismo e a releitura desse personagem tipicamente brasileiro: o Saci. O processo de criação e montagem do espetáculo durou 02 anos e contou com a colaboração de mais de dez artistas e técnicos. A trilha sonora, pontuada com ritmos brasileiros, sugere uma forte ligação com as etnias formadoras do Brasil colonial. O ritmo e a pulsação do espetáculo são marcados por instrumentos de corda e percussão. Baldes, jarros de barro, chaleira e outros objetos foram utilizados como instrumentos musicais para alcançar uma unidade estática entre o som e a imagem projetada. As falas dos personagens e efeitos sonoros são finalizadas em um CD. O material gráfico é bastante simples e respeita a estética das capas dos livros infantis de antigamente, com impressão em duas cores.
DentroFora
Gênero: Teatro do Absurdo
Faixa etária: 14 anos
Tempo de duração: 45 minutos
Sobre o espetáculo: A peça DentroFora é uma metáfora sobre o ser humano contemporâneo. Conta o momento de duas personagens, chamadas apenas Homem e Mulher, que se encontram presos dentro de duas caixas. A peça explicita a imobilidade do ser humano perante a vida. O espetáculo recebeu o Prêmio Açorianos 2009 de Melhor Ator (Nelson Diniz) e Melhor Cenário, e Prêmio Braskem 2010 de Melhor Espetáculo e Melhor Direção (Carlos Ramiro Fensterseifer).